Bíblia- a verdadeira história
Era uma vez o Nada.
Nele só existia Céu e Terra. Depois, como estava tudo muito monótono, apareceu
o Sol e a Lua e na terra apareceram algumas partes só com água. Do Nada, já se
podia distinguir o Céu e a Terra; o Sol, a Lua e os Mares. Na Terra apareceram
todos os tipos de plantas e animais; no Mar todos os peixes e no Céu as aves e
as estrelas.
Com o passar do
tempo, os animais foram evoluindo, até que dos macacos surgiram os primeiros
Humanos, dois para ser mais preciso: um homem e uma mulher. Evo e Adã. Eles
eram as únicas pessoas que existiam no Nada. Viviam num luxurioso jardim, o
Néde. Nele existiam todo o tipo de árvores de frutos comestíveis e plantas. Mas
no meio do jardim, existia também uma árvore enorme, com longos ramos e frutos
suculentos. Passava também um rio meio do jardim, o Rojdão.
Adã estava a passear
pelo jardim, quando passou ao lado da árvore que estava no meio e nela estava
uma maça muito encarnada e suculenta que fez despertar o interessa de Adã, que
se aproximou da mesma, mas quando ela a agarrou, reparou em Evo, que corria na
sua direcção gritando para ela não a comer.
- Vou comer, sim
senhor! Tu querê-la só para ti, seu invejoso. Não te a dou! É minha!
- Mas Adã, eu também
quero! Vamos dividir. Disse ele.
- Está bem! Eu dou a
primeira dentada. Depois comes tu. E assim foi.
Depois de comerem a
maça, adormeceram.
Quando acordaram,
quer Evo e Adã já não estavam mais sozinhos. Rodeando-os estavam dezenas de
pessoas, vários homens, mulheres e crianças. Tinham acordado mil anos depois.
Estávamos então no ano 1027. Quer Adã e Evo acabaram por se juntar à comunidade
que já existia e formaram a sua própria família.
Mais alguns anos
depois, aparece Noel, um agricultor com três filhos, que além de saber da
terra, também era um bom carpinteiro. A sua mulher cuidava da casa. Noel era
conhecido em todo o Nada, não só como bom agricultor e carpinteiro, mas também
por prever o futuro em sonhos. E foi num desses sonhos que previu um enorme
temporal que se iria abater ali. Uma enorme chuvada que iria tapar qualquer
bocado de terra que ali existisse. Existiam algumas pessoas que sempre gostaram
de Noel, mas também outras que o consideravam um louco. E Noel também não era
assim muito amigo das pessoas da comunidade, pelo que não se deu ao trabalho de
avisar a população. Como não queria que os seus filhos, noras, mulher e ele
próprio na chuvada, decidiu construir uma grande arca. A mulher vendo tal
absurdidade perguntou-lhe porque estava ele a construir algo tão grande quando
eles eram apenas oito pessoas e ele respondeu:
- Além de nós,
mulher, também vão connosco todos os animais. O sonho assim o dizia para fazer.
Assim que Noel
terminou a arca, mandou os filhos trazerem todos os animais. E eles assim
fizeram, apesar de acharem tudo muito doido. Quando o último animal estava a
entrar, começou a ouviram-se trovões e começou a chover. Noel e os seus filhos
apressaram-se a fechar a arca e aguardar que existisse água suficiente para os
levar dali. A mulher de Noel começou a marcar os dias que iam passando, num
pedaço de corda, com nós que correspondiam a cada dia passado.
E os dias foram
passando e a chuva continuava a cair lá fora.
Sensivelmente vinte
e sete dias depois, a chuva parou e eles puderam vislumbrar o céu azul que á
muito não viam. Noel, uma vez que havia parado de chover e para confirmar se as
águas haviam diminuído, decidiu mandar fora da arca um corvo. Mas o corvo nunca
mais regressou. Inconformado, resolveu mandar uma pomba. Esta regressou algumas
horas depois e trazia na pata esquerda uma rosa, e assim Noel percebeu que as
águas tinham diminuído, finalmente. Estava então na altura de abrir a arca e
deixar que todos os animais saíssem em liberdade e de eles arranjarem um bom
sitio onde fixarem casa.
Mais 1027 anos se
haviam passado. Nesta altura, pelo Nada, já existiam milhares de pessoas.
Os descendentes de
Noel, tendo conquistado várias terras, decidiram mandar construir um enorme
torre que simbolizasse o poder que haviam conquistado. E assim foi. Mandaram
todos os seus escravos construir a maior torre de sempre. Quando a torre já
tinha cerca de 1000 metros de altura, apareceu uma grande tempestade de areia.
Toda a torre ficou envolta numa espessa névoa de areia e pó. Passados alguns
minutos, tudo parou. Os descendentes de Noel, depois de a tempestade ter
passado, mandaram os escravos continuar a construção da torre, mas ninguém lhe
obedeceu. Eles aperceberam-se que com a tempestade de areia, todos os que
estavam na e perto da torre tinha ficado com línguas diferentes e assim ninguém
os conseguiria perceber. Apercebendo-se de tal acontecimento, decidiram dar á
torre o nome de Lebab. Os escravos acabaram por partir pelo deserto, em várias
comunidades diferentes, consoante a língua que falavam.
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