quinta-feira, 31 de outubro de 2013
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Bíblia: a verdadeira história (Re-Up)
Era
uma vez o Nada. Nele só existia Céu e Terra. Depois, como estava
tudo muito monótono, apareceu o Sol e a Lua e na terra apareceram
algumas partes só com água. Do Nada, já se podia distinguir o Céu
e a Terra; o Sol, a Lua e os Mares. Na Terra apareceram todos os
tipos de plantas e animais; no Mar todos os peixes e no Céu as aves
e as estrelas.
Com
o passar do tempo, os animais foram evoluindo, até que dos macacos
surgiram os primeiros Humanos, dois para ser mais preciso: um homem e
uma mulher. Evo e Adã. Eles eram as únicas pessoas que existiam no
Nada. Viviam num luxurioso jardim, o Néde. Nele existiam todo o tipo
de árvores de frutos comestíveis e plantas. Mas no meio do jardim,
existia também uma árvore enorme, com longos ramos e frutos
suculentos. Passava também um rio meio do jardim, o Rojdão.
Adã
estava a passear pelo jardim, quando passou ao lado da árvore que
estava no meio e nela estava uma maça muito encarnada e suculenta
que fez despertar o interessa de Adã. Esta aproximou-se da mesma,
mas quando ela a agarrou, reparou em Evo, que corria na sua direcção
gritando para ela não a comer.
-
Vou comer, sim senhor! Tu quere-la só para ti, seu invejoso. Não te
a dou! É minha!
-
Mas Adã, eu também quero! Vamos dividir. Disse ele.
-
Está bem! Eu dou a primeira dentada. Depois comes tu. E assim foi.
Depois
de comerem a maça, adormeceram.
Quando
acordaram, quer Evo e Adã já não estavam mais sozinhos.
Rodeando-os estavam dezenas de pessoas, vários homens, mulheres e
crianças. Tinham acordado mil anos depois. Estávamos então no ano
1027. Quer Adã e Evo acabaram por se juntar à comunidade que já
existia e formaram a sua própria família.
Mais
alguns anos depois, aparece Noel, um agricultor com três filhos, que
além de saber da terra, também era um bom carpinteiro. A sua mulher
cuidava da casa. Noel era conhecido em todo o Nada, não só como bom
agricultor e carpinteiro, mas também por prever o futuro em sonhos.
E foi num desses sonhos que previu um enorme temporal que se iria
abater ali. Uma enorme chuvada que iria tapar qualquer bocado de
terra que ali existisse. Existiam algumas pessoas que sempre gostaram
de Noel, mas também outras que o consideravam um louco. E Noel
também não era assim muito amigo das pessoas da comunidade, pelo
que não se deu ao trabalho de avisar a população. Como não queria
que os seus filhos, noras, mulher e ele próprio murressem na
chuvada, decidiu construir uma grande arca. A mulher vendo tal
absurdidade perguntou-lhe porque estava ele a construir algo tão
grande quando eles eram apenas oito pessoas e ele respondeu:
-
Além de nós, mulher, também vão connosco todos os animais. O
sonho assim o dizia para fazer.
Assim
que Noel terminou a arca, mandou os filhos trazerem todos os animais.
E eles assim fizeram, apesar de acharem tudo muito doido. Quando o
último animal estava a entrar, começou a ouvir-se trovões e
começou a chover. Noel e os seus filhos apressaram-se a fechar a
arca e aguardar que existisse água suficiente para os levar dali. A
mulher de Noel começou a marcar os dias que iam passando, num pedaço
de corda, com nós que correspondiam a cada dia passado.
E
os dias foram passando e a chuva continuava a cair lá fora.
Sensivelmente
vinte e sete dias depois, a chuva parou e eles poderam vislumbrar o
céu azul que á muito não viam. Noel, uma vez que havia parado de
chover e para confirmar se as águas haviam diminuído, decidiu
mandar fora da arca um corvo. Mas o corvo nunca mais regressou.
Inconformado, resolveu mandar uma pomba. Esta regressou algumas horas
depois e trazia na pata esquerda uma rosa, e assim Noel percebeu que
as águas tinham diminuído, finalmente. Estava então na altura de
abrir a arca e deixar que todos os animais saíssem em liberdade e de
eles arranjarem um bom sitio onde fixarem casa.
Mais
1027 anos se haviam passado. Nesta altura, pelo Nada, já existiam
milhares de pessoas.
Os
descendentes de Noel, tendo conquistado várias terras, decidiram
mandar construir um enorme torre que simbolizasse o poder que haviam
conquistado. E assim foi. Mandaram todos os seus escravos construir a
maior torre de sempre. Quando a torre já tinha cerca de 1000 metros
de altura, apareceu uma grande tempestade de areia. Toda a torre
ficou envolta numa espessa névoa de areia e pó. Passados alguns
minutos, tudo parou. Os descendentes de Noel, depois de a tempestade
ter passado, mandaram os escravos continuar a construção da torre,
mas ninguém lhe obedeceu. Eles aperceberam-se que com a tempestade
de areia, todos os que estavam na torre e perto dela tinha ficado com
línguas diferentes e assim ninguém os conseguiria perceber.
Apercebendo-se de tal acontecimento, decidiram dar á torre o nome de
Lebab. Os escravos acabaram por partir pelo deserto, em várias
comunidades diferentes, consoante a língua que falavam.
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